Sistema para controlar acesso e monitorar pessoas no estádio cuiabano é de empresa israelense fundada em 1978 e custa R$ 95 milhões
Um sistema eletrônico desenvolvido por uma empresa de Israel será instalado para monitorar e controlar o acesso de torcedores, jornalistas, funcionários e autoridades à Arena Pantanal durante a Copa.
A estrutura, que integra o pacote de R$ 95 milhões em investimentos de TI (Tecnologia da Informação) previstos na obra, irá gerenciar desde a validação de ingressos até a identificação de tumultos e outros incidentes.
O projeto foi encomendado à Risco Group, empresa israelense que atua desde 1978 em segurança eletrônica e que tem, entre seus clientes, uma usina nuclear na Bélgica e a suíça Rolex.
Em entrevista ao DIÁRIO, o diretor executivo da companhia no Brasil, Eytan Dikstein, disse que 95% dos equipamentos previstos já foram entregues à Secopa.
“Cada estrutura do sistema de segurança do estádio foi reproduzida, montada e testada na matriz em Israel”, disse o diretor. Segundo ele, a Arena terá 76 catracas para o acesso de torcedores e cerca de 300 pontos internos de passagem constantemente sob vigilância.
As câmeras serão todas interligadas a duas centrais de monitoramento. A previsão é que sejam necessários até oito operadores -média de 50 câmeras por funcionário.
“Eu sei que parece muito. Mas o sistema tem uma característica que facilita o trabalho: qualquer anomalia em um setor do estádio automaticamente leva a um destaque à imagem no telão de monitoramento”, explica.
A central não irá lidar apenas com as informações vindas das câmeras. De acordo com Dikstein, o gerenciamento dos sistemas de detecção e combate a incêndio, a central de energia, o controle do som e do sistema de ar condicionado também serão feitos a partir do mesmo local.
No acesso dos torcedores, o sistema será usado na validação dos ingressos. “Desenvolvemos uma solução que permitirá o acesso, com validação imediata dos bilhetes, de até 25 mil pessoas por hora”, diz.
Nas áreas para acesso de veículos, como as entradas para convidados VIPs e autoridades, o sistema terá identificação automática de placas. Dikstein elogiou o projeto da Arena segundo ele, as características da obra facilitaram a elaboração de um sistema integrado.
“Quem está na arquibancada não vê, mas todos os quatro prédios são interligados no subsolo. Isso favoreceu a elaboração do projeto”.
Fonte: Diário de Cuiabá