Nos últimos nove anos, pesquisadores israelenses em nanotecnologia entraram com 1.590 patentes ( 769 concedidas até agora), publicaram 12.392 artigos acadêmicos sobre o assunto e houve 129 histórias de sucesso em nanotecnologia, que incluem estabelecimento de startups, venda de ideias ou tecnologias para multinacionais, licenciamento de patentes, etc. Inovações da nanotecnologia israelense são parte de alguns dos maiores e mais inovadores produtos e tecnologias do mundo, nas áreas farmacêutica, água, diagnóstico, energia, segurança e até coloração de cabelo.
Atualmente, existem mais de 1.600 programas de pesquisa em curso entre as universidades israelenses e empresas locais ou internacionais que estudam a utilização de pesquisas em nanotecnologia realizadas em Israel em uma série de aplicações nos âmbitos industrial, infraestrutura e tecnologia da informação.
Isso seria mais que suficiente para Israel ser considerado uma superpotência em nanotecnologia, de acordo com Dan Vilenski, um empresário israelense que acredita que o ”próximo bilhão” de Israel esteja exatamente no negócio de nanotecnologia. “Daqui a dez anos, o mundo vai parecer completamente diferente, graças à nanotecnologia e Israel terá muito a ver com isso”, disse Vilenski, que dirige a Iniciativa Nacional de Nanotecnologia de Israel ( INNI ) e está ajudando a organizar a edição de 2016 da Feira e Congresso NanoIsrael.
O fato de que a nanotecnologia não decolou tanto da maneira que a mídia retratou que iria acontecer ao longo da última década e meia, não incomoda Vilenski.
“Houve muito ceticismo também quando o transistor foi lançado, por exemplo, e olhem para o mundo agora“, disse ele. ”E mesmo que isso não seja totalmente óbvio, no entanto, já estamos vendo a nanotecnologia erguer uma série de indústrias. Acontece que os produtos têm a mesma aparência exterior, por isso, as pessoas não percebem o que está acontecendo lá dentro deles.”
Concordando com Vilenski, está Rafi Koriat, que preside a NanoIsrael 2016, marcada para 22 de Fevereiro, em Tel Aviv. “Como muitas outras tecnologias, a nanotecnologia em seus estágios iniciais tem sido evolutiva, mesmo que opere de formas revolucionárias. Logo, no entanto, vamos começar a ver o lado mais revolucionário da nanotecnologia diante de nossos olhos”.
Um bom exemplo: A empresa israelense de tecnologia na área de energia, 3GSolar, que está usando nanotecnologia para desenvolver células de energia fotovoltaicas integradas que permitem que dispositivos de consumo recarreguem-se não com sol, mas com iluminação normal – incluindo iluminação elétrica – dentro de casa, eliminando assim a necessidade de baterias completamente.
Se Israel tem um programa de nanotecnologia notável, é em grande parte devido ao trabalho da INNI. “Começamos em 2005 com um fundo que adquirimos do governo, doações privadas, doações de empresas, etc”, disse Vilenski.
Ao todo, o fundo de cinco anos levantou US $250 milhões para os programas e foi tão bem sucedido que foi repetido.
Agora, em sua terceira edição do programa de 5 anos, a INNI continua financiando novos programas de pesquisa, fornecendo bolsas de estudo e ajudando pesquisadores a levar suas grandes idéias para o mercado.
“INNI é vista como uma história de sucesso acadêmico em todo o mundo”, disse Vilenski. “Temos investido muito dinheiro na nanotecnologia, mas sou positivo em pensar que os investimentos terão grande retorno e êxito. Temos até ao momento 55 start-ups com ideias e projetos únicos, que ninguém em qualquer outro lugar está fazendo. Se somente um desses se transformar em uma empresa de bilhões de dólares, já terá feito o investimento valer a pena. E eu acredito que nós temos muito mais do que apenas um desses unicórnios ao nosso lado.”
Fonte: Missão Econômica