Um giro pelas empresas inovadoras do setor alimentício de Israel

Impulsionado pela cultura empreendedora e investimento em pesquisa, Israel se destaca como polo de inovação em FoodTech. Conheça 10 empresas líderes que estão moldando o futuro da alimentação com soluções tecnológicas avançadas.

Desafios superados pela inovação: O Papel da FoodTech Israelense na Revolução Alimentar Global

O tamanho territorial e a extensa região desértica de Israel, aliados à escassez de recursos naturais, representam desafios significativos para o setor agrícola e alimentar do país. No entanto, a características da cultura empreendedora e resiliente israelense fazem das adversidades um impulso para a inovação e a busca por soluções únicas. A tradição de investimento em pesquisa e desenvolvimento tornou-se uma marca distintiva, posicionando Israel como um dos principais centros mundiais de ciência e tecnologia.

Israel é reconhecido internacionalmente por sua história notável de inovação. No setor de FoodTech o país tem liderado o caminho ao oferecer soluções disruptivas para os desafios enfrentados pela indústria alimentícia global. Desde a melhoria das técnicas agrícolas até o desenvolvimento de alternativas sustentáveis para produtos de origem animal. As empresas de FoodTech em Israel estão na vanguarda da transformação do futuro da alimentação. Nesse contexto, realizamos um giro pelo setor e destacamos 10 empresas que se destacam em diferentes segmentos:

Agricultura:

  1. SupPlant: Fundada em 2015 a SupPlant é líder em tecnologia agrícola. Seu foco está na utilização de inteligência artificial para monitorar e otimizar o uso de água em plantações. Essa abordagem visa aumentar significativamente a eficiência hídrica e, consequentemente, melhorar a produção agrícola. O desenvolvimento mais recente da SupPlant é uma plataforma de API de irrigação totalmente livre de sensores, voltada para 450 milhões de pequenos agricultores em todo o mundo, especificamente na Índia e na África subsaariana.
  2. BeeHero: Desde 2017 a BeeHero se compromete com a preservação das populações de abelhas. A perda global de polinizadores já vem preocupando pesquisadores, que apontam para uma queda significativa na produção de frutas, vegetais e outros devido à polinização inadequada. Por meio de sensores e análise de dados, a empresa monitora a saúde das colmeias, auxiliando os agricultores na polinização e na proteção das abelhas, fundamentais para a biodiversidade e a produção agrícola.
  3. CropX: A CropX, estabelecida em 2015 em Tel Aviv, é reconhecida por sua inovação em agricultura de precisão. Utilizando sensores e análise de dados avançada, a empresa otimiza a irrigação e o manejo de nutrientes no campo, fornecendo uma plataforma de gerenciamento agronômico que oferece insights holísticos em toda a fazenda, possibilitando irrigação inteligente, adubação e proteção de culturas, promovendo uma agricultura mais sustentável e produtiva.
  4. Equinom: Fundada em 2012, Equinom é uma empresa líder em biotecnologia agrícola, especializada no desenvolvimento de variedades de plantas por meio de melhoramento genético. Utilizando inteligência artificial e criação computacional, eles criam variedades não transgênicas que atendem às demandas da indústria de alimentos à base de plantas, oferecendo características premium, como proteína superior e qualidades organolépticas, enquanto minimizam o processamento.

 Leite e Carne Cultivada em Laboratório:

  1. Aleph Farms: Aleph Farms é uma empresa pioneira na produção de carne cultivada em laboratório. Utilizando técnicas avançadas de biotecnologia, a startup foi a primeira a lançar o primeiro bife fino cultivado do mundo em 2018. A empresa produz carne real a partir de células animais que são isoladas sem a necessidade de abate de animais, promovendo assim uma alternativa sustentável e ética para a indústria de carne tradicional. Em janeiro deste ano a empresa recebeu aprovação para comercialização da carne cultivada em laboratório em Israel. Sob a marca de produtos Aleph Cuts, a empresa lançará seu primeiro produto, o Petit Steak, cultivado a partir de células não modificadas de uma vaca Angus premium.
  2. ReMilk: Fundada em 2019 a ReMilk se destaca como na fabricação de laticínios alternativos, utilizando proteínas produzidas por leveduras em fermentadores especialmente projetados. Através da combinação dessas proteínas com vitaminas, gorduras não animais e minerais, a empresa cria produtos lácteos que reproduzem o sabor e a textura dos laticínios tradicionais, oferecendo uma alternativa sustentável para consumidores preocupados com o meio ambiente. No último ano, a ReMilk alcançou um marco significativo ao se tornar a primeira empresa do setor a receber a aprovação regulatória em Israel para a comercialização de seus produtos. 
  3. Imagindairy: Por meio de biotecnologia a Imagindairy utiliza tecnologia de fermentação para produzir proteínas do leite sem usar animais, como o soro do leite e a caseína. Essas proteínas são usadas para criar produtos lácteos alternativos que se assemelham aos convencionais em termos de proteína e gordura, mas sem colesterol ou lactose. Em janeiro deste ano a empresa se tornou a terceira do ramo a receber a aprovação do Food and Drug Administration (FDA) para comercializar seus produtos nos Estados Unidos.

Tecnologia no Sabor:

  1. Incredo: A Incredo (anteriormente DouxMatok) desenvolveu uma tecnologia que permite a redução do uso de açúcar e sal em diversos alimentos sem comprometer o sabor. Sua solução proporciona uma percepção de doçura ou salinidade sem gosto residual. Os produtos da Incredo são compatíveis com FDA e EFSA e já possuem parcerias estabelecidas com refinarias de açúcar na Europa e nos Estados Unidos. O Incredo Sugar é uma solução pioneira que oferece redução de 30% a 50% de açúcar em alimentos e lanches, mantendo o mesmo nível de doçura e sabor do açúcar convencional.
  2. O’Taste: Fundada em 2022, a O’Taste desenvolveu uma plataforma inovadora de aprimoramento de sabores baseada em tecnologia proprietária. Seu produto principal, O’Sweet Chocolate & Hazelnut Spread, contém 80% menos açúcar do que os spreads populares, mantendo o sabor natural. Além disso, a empresa está desenvolvendo outros produtos, como O’Salt, O’Live e O’Spice, todos livres de produtos químicos e adoçantes artificiais.

Fonte: Israel Trade / Foto de Kindel Media no Pexels