Tolerância zero com o celular ao volante

O uso do celular ao volante e os riscos crescentes de acidentes por desatenção se transformaram em inimigo número um das autoridades de trânsito nos EUA – uma pesquisa recente no país mostrou que quase 70% dos motoristas entre 18 e 35 anos admitem que teclam, lêem mensagens ou conversam enquanto dirigem, sem apelar para o viva-voz ou os dispositivos multimídia. E ao menos lá, a prática promete sofrer um duro golpe. O estado de Nova York aprovou uma lei que autoriza a análise dos smartphones de envolvidos em acidentes para identificar se eles foram usados no momento de colisões. A empresa israelense de tecnologia e segurança Cellebrite já desenvolve um programa que, instalado nos computadores dos carros da polícia, permitirá a checagem sem pôr em risco a privacidade dos condutores. A tendência é de que os outros 49 estados norte-americanos sigam o exemplo dos nova-iorquinos e aprovem leis semelhantes – em casos de batidas ocasionadas pelo uso do telefone, as multas e penas podem passar a ser mais rigorosas.

Enquanto isso não ocorre, as montadoras se esforçam para fazer sua parte e investem na conscientização. A Honda, por exemplo, disponibilizou nas redes sociais protetores de tela com os dizeres: “Phone down, eyes up, don’t text and drive” (telefone para baixo, olhos para cima: não digite e dirija) e convida os proprietários de veículos da marca a bloquear os smartphones com as telas, em cores chamativas.