Toda água potável de Israel será proveniente de dessalinização até 2020.

Segundo o coordenador do Serviço Meteorológico do país, serão tomadas outras medidas como o reaproveitamento da água utilizada nas cidades.

Por volta de 2020 toda a água potável de Israel será proveniente de dessalinização, essa foi uma das principais revelações do coordenador de relações internacionais do Serviço Meteorológico de Israel (IMS), Giora Gershtein, que palestrou nesta última quinta-feira (2), no auditório da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo o coordenador, “60% do território de Israel está em área de deserto, o que nos tona muito dependentes da irrigação. Apesar de sermos um país pequeno, possuímos oito zonas climáticas e topografia complexa”, afirmou.

Devido às condições peculiares da região, o tema água dominou a palestra. Dos tempos bíblicos para os dias de hoje o consumo do recurso passou de seis litros por dia por habitante para 140.

“Nossa água vem de três fontes: a chuva, o Mar da Galileia e três aquíferos. Todas passam por dificuldades, a precipitação diminui e os aquíferos sofrem com a contaminação por fertilizantes”, contou. Além da dessalinização, outras medidas também são tomadas, por exemplo, 70% da água utilizada nas cidades é reaproveitada.

Métodos

Sobre a agricultura no país, que tem que alimentar oito milhões de pessoas, Gershtein contou que é altamente tecnificada, utilizando o mínimo de água. Israel tem um território pequeno e seus fazendeiros têm que competir com a Europa. “Só 3% da nossa população trabalha no campo”, disse.

Além disso, a religião também influencia. “Por motivos religiosos, a cada sete anos o produtor rural deve abandonar a terra, para ela se renovar. Nem todos ainda seguem esse preceito, mas alguns consumidores ortodoxos só compram dos que seguem essa diretriz”, revela.

Sobre o Instituto

O Serviço Meteorológico de Israel foi fundado em 1937, quando o que viria a ser o Estado de Israel ainda se encontrava sob domínio britânico. Em 1962 se mudou para sua atual localização, em Beit Dagan.

O Serviço oferece mais de 40 cursos internacionais por ano – incluindo agrometeorologia -, que desde os anos 60 atenderam mais de 1500 alunos em locais em desenvolvimento como Costa do Marfim, Quênia e Nigéria.

Entretanto, Israel retirou o Brasil da lista de países em desenvolvimento, assim sendo não temos mais direito a muitos dos subsídios oferecidos. Mesmo assim, o país tem interesse estratégico no Brasil e nossos pesquisadores ainda podem contar com auxílio da Agência Internacional para Cooperação em Desenvolvimento (Mashav) a fim de conseguir apoio na obtenção de visto ou suporte financeiro.

Fonte: Portal Brasil.