Israel é líder mundial em prevenção contra a cegueira

Um novo estudo publicado no American Journal of Ophthalmology mostra que os níveis de cegueira evitável em Israel caíram mais de 50% na última década, de 33,8 casos de cegueira por 100.000 residentes em 1999 para 14,8 em 2010.

O sucesso de Israel na prevenção e tratamento de todas as quatro principais causas da cegueira evitável – deterioração pela idade, glaucoma, diabetes e catarata – é imbatível. A opinião é do principal autor do estudo, o Dr. Michael Belkin, do Instituto Goldschleger de Pesquisa Oftalmológica da Faculdade Sackler de Medicina e do Centro Médico Sheba, da Universidade de Tel Aviv. Para ele, outros países poderiam obter resultados similares se seguissem a abordagem de Israel.

O segredo do sucesso de Israel? Desenvolver métodos inovadores de prevenção e tratamento e torná-los disponíveis universalmente por meio de um sistema médico nacional. Os programas comunitários, como o das clínicas de diabetes, promovem a prevenção antecipada e o tratamento oportuno de complicações relacionadas à diabete que podem levar à cegueira. “As clínicas de diabetes em Israel pagam-se em aproximadamente dois anos. É muito mais caro tratar cegueira desenvolvida em vez de evitá-la desde o início”, argumenta Belkin.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cegueira continua sendo uma preocupação médica severa, mesmo em países industrializados, mesmo com 80% da cegueira podendo ser evitada ou tratada. Os resultados surpreendentes do estudo foram revelados quando Belkin pesquisava um tópico mais amplo. “Eu queria mostrar que nos últimos 100 anos, o nível de cegueira por glaucoma não tinha mudado no mundo, o que ainda é verdade em muitos lugares”, explicou Belkin. Mas ele e seus colegas pesquisadores foram atrás das estatísticas específicas de Israel nos últimos 12 anos e descobriram que, mesmo que os níveis de cegueira genética e sem tratamento tenham permanecido os mesmos no período, a taxa de cegueira evitável caiu mais de 56%. O sucesso não era o mesmo em outros países. “Não há nada que se assemelhe ao que temos em Israel”.

Para o especialista, uma das principais diferenças é que os israelenses tendem a aderir aos tratamentos recomendados com mais disciplina do que os pacientes de outros países. O fenômeno foi observado em relação a outras doenças, mas ainda não foi comprovado na área da oftalmologia. O médico observa que a política também tem o seu papel. Desde a década de 1990, os pacientes israelenses podem escolher os seus médicos para a cirurgia de catarata. Isso praticamente elimina o tempo de espera por cirurgias e evita que a condição evolua a longo prazo.

fonte: REVISTA SHALOM