Uma tecnologia que permite aos motoristas de ônibus urbanos detectarem pedestres e ciclistas que se aproximam em pontos cegos vem sendo testada, desde junho deste ano, em Maipú, cidade chilena da região de Mendoza. Com o uso desses sensores, o objetivo é melhorar a segurança das vias e a convivência entre os diferentes meios de transporte.
Agora, em outubro, as autoridades do Ministério dos Transportes e Telecomunicações do país vizinho entregaram o balanço sobre o uso do recurso da marca Fotón, denominado Shield Plus. O resultado é que, até setembro de 2022, depois de percorrerem mais de 450 mil km, nenhum acidente foi registrado na região com pedestres ou ciclistas.
Os 30 ônibus que há cinco meses começaram a operar com a tecnologia nos serviços de Maipú correspondem aos primeiros dos mais de 1.600 ônibus que serão incorporados à frota chilena em 2023.’
Estas unidades modelo eBus U12, alimentados por baterias recarregáveis de lítio, destacam-se por terem zero emissão de ruído e não gerarem CO2; cada carga rende cerca de 240 km.
Segundo o Ministério dos Transportes, os sensores Shield Plus serão incorporados gradualmente aos novos ônibus que entrarem em operação na Rede Metropolitana de Mobilidade a partir de janeiro de 2023, tanto os veículos elétricos quanto os Euro VI.
Redução de acidentes
Dados do governo do Chile apontam que 41% das pessoas mortas no trânsito correspondem a usuários vulneráveis, ou seja, pedestres, ciclistas e motociclistas. Segundo o Ministério dos Transportes os avanços e tecnologias como sensores para detectar pedestres e ciclistas permitem melhorar a convivência viária e reduzir os índices de sinistros.
Informações da MobileEye, empresa israelense do grupo Intel que presta esse serviço, mostram que há mais de 20 mil ônibus com esse tipo de tecnologia em países como Estados Unidos, Alemanha, Israel, China e Chile. A frota de Santiago seria uma das maiores dentro de uma cidade.
Fonte: Mobilize
Foto: JackerKun