Reveja: Tecnologias israelenses que foram destaque nos Jogos Olímpicos 2016

Com a abertura dos Jogos Olímpicos na sexta-feira dia 05 de agosto, a delegação israelense no Rio de Janeiro foi a maior de todos os tempos: 47 atletas competindo em 17 modalidades esportivas, além de 34 técnicos e 25 integrantes da equipe de apoio. No entanto, eles não foram os únicos israelenses a causar impacto sobre os jogos de verão. Diversas empresas israelenses trabalharam nos bastidores para garantir que os Jogos Olímpicos transcorressem da forma mais segura e tranquila possível.

A NoCamels preparou o perfil de algumas das mais inovadoras startups israelenses que deixaram sua marca no Rio:

ISDS: Segurança em primeiro lugar

A principal preocupação em relação a qualquer evento de grande escala, especialmente os Jogos Olímpicos, pode ser resumida em uma palavra: segurança. Segundo relatos, o orçamento para segurança dos Jogos Olímpicos do Rio alcança US$ 2,2 bilhões.

A International Security and Defense Systems (ISDS), uma empresa israelense que fornece soluções integradas para projetos complexos de segurança desde 1982, é o “Fornecedor Oficial” de soluções de segurança para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio. O papel da ISDS no Rio de Janeiro é analisar todos os eventos relacionados aos jogos – os arredores dos estádios, as instalações, as rotas para ciclistas e velejadores, a Vila Olímpica, os estacionamentos etc. – projetar os piores cenários e encontrar respostas para todos eles. Como integradora do sistema de segurança do Rio, a empresa está em contato com outras empresas, definindo suas responsabilidades, selecionando as tecnologias apropriadas e dividindo o trabalho.

Pronta para o Rio: Tecnologia Israelense É Destaque nos Jogos Olímpicos

Esta não é a primeira vez que a ISDS estará envolvida na segurança dos Jogos Olímpicos, mas é a primeira vez que ela será contratada para gerenciar todos os complexos sistemas de segurança do evento.

“Na verdade, a ISDS não estará gerenciando a segurança para o Brasil”, disse o CEO da ISDS, Tomer Fulman, em entrevista ao “Globo”. “O Brasil possui unidades de inteligência, exército, polícia e autoridades estaduais para isso. Nós somos como uma unidade especial, ajudando e aconselhando as diversas agências que lidam com o evento em si. Nós fornecemos cobertura através de ferramentas avançadas, as quais operamos, e definimos as regras – que se forem seguidas por todos, impedirão o terrorismo, o crime e o vandalismo.”

ImageSat International: Segurança via satélite

A segurança dos Jogos Olímpicos virá não só do chão, mas também de cima. O satélite Eros-B, desenvolvido pela empresa sediada em Or Yehuda, ImageSat International, tira fotos com resolução extremamente elevada. Em julho, o Ministro da Defesa do Brasil, Raul Jungmann, comunicou em uma conferência de imprensa a decisão do seu governo de usar o satélite EROS-B para reforçar a segurança, possibilitando inspeções detalhadas do Rio de Janeiro durante os eventos Olímpicos e Paraolímpicos em Agosto e Setembro.

“Estamos falando de um satélite israelense em órbita terrestre de baixa altitude, capaz de capturar imagens de alta resolução, até 50 centímetros (cerca de 1,5 pés) em uma área de 450 quilômetros (cerca de 280 milhas), permitindo assim a identificação de objetos, pessoas, carros e bens”, afirmou Jungmann à imprensa local.

Moovit: Locomovendo-se no Rio

Para os espectadores no Rio, a parte mais desafiadora de assistir os Jogos Olímpicos pode ser simplesmente deslocar-se de uma arena Olímpica a outra. O aplicativo israelense Moovit, apelidado de “o Waze do transporte público”, guiará turistas e moradores locais através dos percursos mais rápidos e seguros para e entre os locais de competição, e também por toda a cidade do Rio durante os Jogos Olímpicos.

O Moovit, que possui mais de 30 milhões de usuários no mundo todo, fornecerá informações em tempo real em 35 línguas sobre as mais rápidas rotas de transporte público – ônibus, trens, metrô, bondes, barcos e teleféricos – para cerca de 1,5 milhões de usuários locais e outros 500.000 visitantes, segundo o site oficial de turismo do Rio.

Para facilitar, cinquenta quilômetros de novas linhas foram mapeados com informações de trânsito, a fim de tornar mais suave o transporte durante os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio. O Moovit funcionará com base em dados fornecidos pelo banco de dados do município do Rio.

“Nossa contribuição para os Jogos Olímpicos está diretamente ligada ao nosso compromisso de potencializar a experiência dos usuários na utilização do transporte público. É a oportunidade perfeita para contribuir para o Rio, ajudando a resolver um dos maiores desafios da cidade”, afirmou o CEO do Moovit, Nir Erez, em um comunicado.

LiveU: Transmissão de qualquer lugar

Para aqueles de nós que não têm a sorte de estar no Rio para os Jogos Olímpicos, assistir a uma transmissão ao vivo é quase tão bom quanto. As soluções premiadas de transmissão de vídeo ao vivo baseadas em IP, da empresa israelense LiveU, ajudarão mais de oitenta emissoras internacionais a transmitir toda a ação ao vivo dos Jogos Olímpicos para seus telespectadores. A LiveU também forneceu este serviço para a Copa do Mundo da FIFA de 2014.

Segundo a empresa, a LiveU é atualmente a única empresa que oferece uma solução de transmissão robusta para emissoras. A LiveU afirma que sua tecnologia de transmissão de vídeo ao vivo pela rede celular permitirá às emissoras transmitir imagens do Brasil para todo o mundo em tempo real, com baixa latência e excelente qualidade de imagem.

Algumas startups israelenses tiveram de competir apenas para chegar ao Rio. Esse foi o caso da startup israelense de realidade aumentada RideOn, que fabrica óculos de esqui especiais que exibem mapas e informações úteis sobrepostos no campo de visão do esquiador, como um Google Glass para as pistas. Em maio, a RideOn ganhou o concurso israelense de inovação nos esportes e uma passagem para o Rio para competir contra outros sete vencedores regionais na Competição Global de Inovação para os Esportes. Por ter vencido o concurso, a RideOn é a representante israelense oficial para as primeiras “Olimpíadas Tecnológicas” deste ano no Rio.

“O objetivo é proporcionar uma primeira exposição internacional para as inovações que irão revolucionar o mundo dos esportes como conhecemos”, declarou Amir Raveh, CEO e fundador da Fundação HYPE, a qual uniu esforços com a Microsoft e a Saucony para lançar a primeira plataforma global em inovação tecnológica para o esporte.

Motionize: Contando todos as remadas

Uma nova startup israelense, Motionize, chamou até mesmo a atenção da equipe de canoagem olímpica dos EUA. A Motionize fornece feedback em tempo real para canoístas através de um sistema de treinamento virtual.

Consistindo de um aplicativo e dois sensores – um colocado no barco e outro colocado no remo, o canoísta simplesmente acopla seu smartphone na frente do barco e o aplicativo é ativado. Através da sua tecnologia de duplos sensores, ele informa imediatamente a distância por remada, o número de remadas por minuto, o comprimento da remada, o número de remadas por sessão, a relação de eficiência de sua técnica, e muito mais.

Guy Aharon, CEO e cofundador da Motionize, explica que o sistema funciona usando um algoritmo que converte os movimentos do atleta em um módulo matemático que quantifica os movimentos dos atletas.

“O nosso objetivo é melhorar a técnica,” afirme ele ao NoCamels. “Nos esportes e na vida, se você tem uma boa técnica significa que você pode melhorar o seu desempenho. E se você melhorar o seu desempenho, você simplesmente aproveitará mais. “

Enquanto ninguém sabe ainda quem levará medalhas olímpicas para casa, todos nós podemos ter certeza de uma coisa – será emocionante. Que os jogos comecem!

Fonte: NoCamels