Protalix prevê que o seu parceiro brasileiro pedirá US$ 39 milhões em Elelyso (injeção que substitui a enzima) para o tratamento da doença de Gaucher até 2015.
Empresa israelense Protalix Biotherapeutics Inc. prevê U S$ 39 milhões em tratamento para doença de Gaucher (distúrbio metabólico hereditário que resulta no acúmulo anormal de substancias gordurosa), requerido por parceiro brasileiro até julho de 2015, e com 25% dos pacientes adultos em Israel sendo tratados com o medicamento em 2014. O Elelyso foi incluído na cesta de serviços de saúde e é dado a quase todos os pacientes novos.
O mercado israelense é pequeno, mas especialmente lucrativo para a Protalix, pois é o único mercado no qual a empresa não compartilha receita com a sua parceira de distribuição, a Pfizer Inc. (NYSE: PFE; LSE: PFZ). O contrato tem sido uma decepção para a Protalix até hoje, gerando uma receita de apenas US$ 1,1 milhão no terceiro trimestre de 2013. A empresa não forneceu números na declaração, dizendo apenas que “A empresa prevê que a sua colaboração com a Pfizer Inc. continuará a ser lucrativa em 2014, contando com a participação da Empresa na colaboração para que o lucro aumente continuamente”.
Nos EUA, a Protalix assinou recentemente vários contratos com companhias de seguro, que selecionaram o Elelyso como o tratamento preferencial. Mas existem acordos ainda pendentes.
“Assumimos que as nossas despesas de marketing no empreendimento conjunto cairão no próximo ano”, disse o presidente e CEO da Protalix, Dr. David Aviezer.
Aviezer acrescentou que, por uma decisão governamental, todos os pacientes com a doença de Gaucher foram transferidos para receber a Elelyso no quarto trimestre.
“Este é um excelente exemplo dos processos que buscamos”, disse Aviezer. O Elelyso já é vendido em Israel, nos EUA, no Brasil, no Chile e no México, e aguarda as aprovações pendentes no Canadá, na Austrália e na Argentina.
A Protalix já entrou com pedido junto ao FDA (Food and Drug Administration, órgão americano que controla a comercialização de alimentos e medicamento) para aprovar o Elelyso como tratamento para crianças. Este é um mercado com uma proporção maior de pacientes “novatos” – pacientes que nunca foram tratados com uma droga alternativa.
A Protalix, que recentemente entrou no mercado, possui uma melhor chance no mercado infantil do que no mercado adulto, onde os pacientes são tratados com outros medicamentos. Aviezer diz que a resposta do FDA deve sair no começo de 2014, e depois dela a empresa poderá entrar com pedidos em outros países.
Em 2014, a Protalix espera resultados intermediários dos testes clínicos da Etapa I/II do PRX-102 em pacientes que possuem a doença de Fabry (doença genética, de caráter hereditário, que causa a deficiência ou a ausência de enzima responsável pela metabolização de certas substâncias no organismo) durante o segundo semestre do ano e os resultados completos durante o primeiro semestre de 2015; a conclusão de um teste clínico da Etapa I para o tratamento com GCD oral para a doença de Gaucher, e o início da próxima etapa dos testes no segundo semestre; o início de um teste clínico de Etapa I de anti-TNF, PRX-106, para o tratamento oral de doenças autoimunes e entrar com um pedido de novo medicamento em investigação (IND – Investigational New Drug) junto à FDA para um teste clínico de Etapa I do PRX-110 para o tratamento de fibrose cística.
Fonte: Escritório Econômico e Comercial de Israel.