Nir Barkat precisa mudar a imagem da cidade de uma zona assolada por conflitos para um lugar onde os especialistas em computação e ciências queiram ficar.
Jerusalém – Faz mais de 2.000 anos que Jerusalém deixou uma marca com o uso de tecnologia. Isso ocorreu quando o Rei Herodes usou os mais modernos métodos de construção da época para construir seu templo. Agora, o prefeito Nir Barkat busca colocar a antiga capital na luta global por talentos e investidores em alta tecnologia.
“As cidades que decolam mais rapidamente são aquelas que sabem como aproveitar uma ciência forte, uma arte forte e uma gestão forte”, disse Barkat, um ex-investidor em capital de risco de 54 anos de idade, em entrevista, em seu escritório.
“Uma cidade que desenvolve uma plataforma para permitir e receber mais startups será uma cidade que mais cedo ou mais tarde será mais bem-sucedida”.
É uma batalha árdua. Barkat precisa mudar a imagem de Jerusalém de uma zona assolada por conflitos para um lugar em que as pessoas que se formam no programa de ciências da computação da Universidade Hebraica e na Academia de Artes e Design – Bezalel queiram ficar.
Cerca de metade da população de mais de 800.000 pessoas vive na pobreza, principalmente os ultraortodoxos, que tendem a optar por deixar o mercado de trabalho em favor de estudos religiosos, e residentes árabes, diz o Instituto Jerusalém para Estudos de Israel.
A inovação e o empreendedorismo são valorizados em Israel, onde a tecnologia contribui com mais da metade das exportações industriais e as vendas no exterior respondem por cerca de um terço do produto interno bruto. O país é conhecido como a Nação Startup, título decorrente de um livro de 2009 com o mesmo título (“Start-up Nation”).
Fonte: Exame