Pílula com câmera para exames é aprovada nos Estados Unidos

Uma pílula com câmera para ajudar no exame de pacientes com suspeita de câncer já pode ser usada nos Estados Unidos. A novidade foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), órgão responsável pelo controle dos alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano.

PillCam foi desenvolvida pela empresa israelense de tecnologia Given Imaging e pode ser usada em pacientes que tem dificuldades para realizar colonoscopia, um exame endoscópico do intestino que é realizado principalmente para detecção de pólipos (tumores benignos), que podem sofrer transformação para malignidade.

A tecnologia da empresa israelense, desenvolvida a partir de sistemas de defesa antimísseis, usa uma câmera portátil para tirar fotografias de alta velocidade durante a passagem pelo intestino ao longo de oito horas. As imagens são transmitidos para um dispositivo de gravação usado em torno da cintura do paciente e depois analisadas por um médico.

Câmera acoplada tira fotos em alta velocidade do intestino

Câmera acoplada tira fotos em alta velocidade do intestino

O sistema já existe desde 2001, mas não havia sido aprovado para substituir o exame tradicional pois as imagens não eram tão claras. Por isso, o uso da pílula com a micro câmera é indicado apenas para pacientes que têm dificuldade para passar por colonoscopias convencionais. A cada ano, 750 mil pacientes não conseguem se submeter ao exame tradicional por problemas de anatomia ou cirurgias anteriores.

A pílula custa US$ 500 (cerca de R$ 1.200), um valor bem mais baixo do que o exame tradicional, que normalmente sai por US$ 4.000 (R$9.800). Os médicos também apostam no dispositivo para atrair pessoas que tem medo de sentir dor ou se sentem desconfortáveis com a colonoscopia tradicional.

A pílula já foi aprovada em outros 80 países da Ásia, Europa e América Latina.