Número de usuários que bloqueiam anúncios na internet chega a 200 milhões

Dados recentes divulgados pelo The Economist mostram o crescimento vertiginoso de bloqueadores de anúncios, que, ao mesmo tempo que favorece uma navegação mais limpa, desfavorece milhões de sites e anunciantes. O gráfico divulgado demonstra a evolução do comportamento dos usuários em relação a esses bloqueadores. Estima-se que mais de 200 milhões de usuários utilizem esse recurso. Se pegarmos como exemplo o Adblock, que é um dos softwares mais conhecidos desta categoria, os números de download são impressionantes, simplesmente 400 milhões de downloads.

O público mais jovem é o mais incomodado com o excesso de publicidade que paira sobre a internet e, ao que tudo indica, o uso de bloqueadores continuará aumentando. Mas ao mesmo tempo que bloqueadores, como o Adblock, são “ceifadores” de anúncios, por outro lado há brechas para contornar esse bloqueio. A Microsoft, Google e Amazon pagam para oAdblock impedir que seus anúncios sejam bloqueados.

Esse grande aumento da restrição da publicidade online na visão de especialistas deve-se ao aumento na facilidade da instalação dos mesmos. Se antigamente um conhecimento mais técnico era necessário, hoje em dia um add-on que é instalado com poucos cliques consegue realizar esse bloqueio para o internauta. E se navegadores de grandes corporações acabarem vetando plugins para bloqueios, browsers alternativos podem ser utilizados para essa finalidade, como por exemplo o UC Browser, que conta com recursos de bloqueio integrados, além de ser um navegador de fácil entendimento.

Você talvez esteja pensando agora que a solução então é o que estamos começando a ver nos dias de hoje, com alguns apps exibindo propagandas internas, durante a experiência de uso. Lêdo engano. Uma empresa israelense, de nome Shine, desenvolveu um equipamento que permite que as operadoras possam bloquear qualquer anúncio de aplicativos Web, antes mesmo que elas cheguem aos smartphones dos clientes. Obviamente que uma ação como esta violaria o conceito de neutralidade da rede, por tratar o tráfego de forma desigual.

Caso esse bloqueio da publicidade móvel fique a cargo das operadoras, desencadearia uma guerra gigantesca, porquê com certeza as operadoras iriam estipular algum valor para que “monstros” do direcionamento de publicidade online como Facebook e Google não fossem afetadas com tal ação. Seria um esquema bem parecido com o pagamento das empresas citadas no início do texto para que o Adblock não interfira em seu mecanismo de publicidade.

Você utiliza algum bloqueador de publicidade online? Qual a sua opinião sobre esses softwares e no impaco atual nos websites? Deixe seu comentário abaixo.