A revista especializada Tech Republic publicou com destaque reportagem em que mostra grande expectativa sobre os novos desenvolvimentos da indústria de informática em Israel, sobretudo na área de cibersegurança.
O tema da matéria é a criação do Parque Tecnológico Avançado, em Be’er Sheva, que pode deslocar setores de alta tecnologia para o sul do país. Atualmente, Tel Aviv é a capital da tecnologia israelense.
O parque vai unir três grandes forças: academia, empresas de tecnologia e o Exército de Israel.
Na parte acadêmica, a Ben Gurion University (BGU), responsável pela formação de grandes profissionais na área de tecnologia, principalmente em ciência da computação, será a principal parceira.
A BGU já tem parceria com a Telekom Innovation Laboratories (T-Labs”), empresa alemã de telecomunicações, para trabalhar em cibersegurança.
Na área militar, o novo campus de Tecnologia do Exército de Israel ficará ao lado dos prédios comerciais, formando a nova sede da unidade de tecnologia militar, incluindo soldados e profissionais da área cibernética, além do sistema informacional do Exército. O foco será em cibersegurança, análise de dados de fronteiras e sensores de segurança física e digital.
“Este é o único lugar em Israel onde existe um campus unificado para indústria e universidade. Isso gera uma relação íntima entre ambos”, disse Rikva Carmi, presidente da BGU. Dessa forma, os estudantes podem aplicar o que aprenderam em indústrias localizadas no mesmo campus.
O diretor da Deutsche Telekom Laboratories e professor do Departamento de Engenharia de Sistemas de Informação da BGU, Yuval Elovici, disse que o tema do momento é a questão da privacidade na web. Seu estudo consiste na segurança em redes sociais, especificamente no fornecimento de informações apesar da política de privacidade das mídias. Ele criou, em 2012, o Social Privacy Protector, um aplicativo para Facebook que examina a lista de amigos e detecta perfis suspeitos.
Segundo a revista, faltam dois passos para que Beer Sheva se torne o novo Vale do Silício. O primeiro é a maior arrecadação de capital de risco – enquanto os Estados Unidos arrecadam anualmente cerca de 30 bilhões de dólares, Israel fica nos 2 bilhões.
O segundo passo seria o desenvolvimento de marcas emblemáticas que se tornem âncoras globais, sem que sejam vendidas para empresas americanas. Ou seja, Israel precisaria criar seus próprios Google, Apple, Microsoft, Intel, Amazon, etc
BEER SHEVA
Beer Sheva, localizada no extremo norte do desetro do Negev, é considerada sua capital cultural e administrativa. É uma cidade bíblica, possuindo conexão com os patriarcas Abraão, Isaac e Jacob.
Com uma população de 200 mil, é uma das cidades que mais cresce em Israel, apesar do clima desértico e das constantes ameaças de mísseis do Hamas.
Fonte: Blog da CONIB