Reda Mansour, novo embaixador de Israel no Brasil reuniu-se nesta quarta-feira, 10 de setembro, com lideranças da comunidade judaica, na sede da Federação Israelita do Estado de São Paulo.
Poeta e historiador de origem drusa, Reda Mansour tomouposse como chefe da representação diplomática de Israel no Brasil, em agosto de 2014. Anteriormente, serviu como embaixador no Equador (aos 35 anos de idade, transformou-se no embaixador mais jovem da história de Israel); cônsul geral para o sudeste dos Estados Unidos, em Atlanta; embaixador-adjunto em Portugal e, vice cônsul-geral para o noroeste dos Estados Unidos, em São Francisco.
Mansour destacou os avanços israelenses em diversas áreas, bem como o fato de Israel ser a única democracia do Oriente Médio. “Estamos entre os 20 países mais avançados do mundo, e entre os três que mais investem em saúde, com o melhor sistema de saúde publica do mundo. Apesar de sermos um país jovem, também estamos entre os 40 países do mundo, nos quais a democracia funciona de maneira avançada, isso sem falar em toda nossa tecnologia. Devemos focar nosso trabalho para falar das contribuições de Israel para o mundo, e ter como pauta outros temas além dos conflitos”.
O novo embaixador também destacou o papel das comunidades na diáspora: “temos comunidades judaicas em lugares centrais em todo o mundo. Em minha primeira visita a São Paulo, encontrei uma comunidade muito sionista, com diversas pessoas que já estiveram em Israel, ou possuem familiares morando lá. Posso dizer que ouvi mais hebraico nestes três dias do que nos oito anos em que estive nos Estados Unidos”.
A crise diplomática entre Brasil e Israel também foi um dos temas abordados. “passamos por momentos difíceis, mas sinto que as coisas vão mudar. As relações entre Brasil e Israel são muito fortes, não temos apenas um relacionamento diplomático entre os governos, mas relações na área comercial, acadêmica e também no turismo. Brasil e Israel tem muitas coisas em comum. Além disso, o Brasil tem em seu discurso a integração multicultural e multiétnica, além da convivência pacífica entre árabes e judeus. Quero justamente enfatizar que 1,5 milhão de árabes israelenses vivem em Israel e tem muito mais direitos do que os árabes em qualquer lugar do mundo. O fato de que sou um embaixador druso, e não sou judeu, também mostra que árabes e judeus podem conviver juntos”, frisou.
“Precisamos mostrar tudo o que Israel vem fazendo em prol das pessoas ao redor do mundo e ao mesmo tempo mostrar para Israel a importância do Brasil, de forma a prevenir os acidentes de percurso como o que aconteceu recentemente entre os dois países. Este trabalho tem que ser construído no dia a dia, e não apenas em épocas de conflito”, finalizou o embaixador.
Fonte: Pletz