Maior avião desenvolvido pela Embraer no Brasil, KC-390 realiza primeiro voo

O modelo cargueiro foi testado a partir da pista da Embraer em Gavião Peixoto

O KC-390 fez o seu primeiro teste de voo nesta terça-feira (3), em Gavião Peixoto (SP). O avião, produzido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), é o maior já desenvolvido no Brasil. O voo durou uma hora e 19 minutos e tudo correu bem.

No comando do cargueiro estavam dois pilotos de testes da Embraer, entre eles um coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB), e dois engenheiros de voo da empresa. “O voo transcorreu normalmente”, afirmou o comandante Marco Oliveira Lima.

“Este primeiro voo é um passo fundamental para cumprirmos a tarefa que nos foi confiada. O KC-390 é o resultado de uma estreita cooperação com a Força Aérea Brasileira e conta com outros parceiros internacionais, representando provavelmente o maior desafio tecnológico que a empresa já enfrentou em sua história, estamos verdadeiramente realizados por atingir este importante marco”, disse Frederico Fleury Curado, Diretor-Presidente da Embraer.

O avião deve substituir o C-130 Hercules em todas as suas missões, como transporte de tropas e de cargas, lançamento de paraquedistas, busca e combate a incêndios. O avião é mais veloz que o Hercules, que atinge 671 km/h. O modelo da Embraer chega a 870 km/h.

“O KC-390 será a espinha dorsal da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira. Da Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel fundamental para os mais diversos projetos do estado brasileiro, da pesquisa científica à manutenção da soberania”, afirmou o Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da aeronáutica.

O KC-390 mede 35,20 metros de comprimento, altura de 11,84 metros e envergadura de 30,05 metros. É um avião que permite abastecimento em pleno voo e pode transportar até 23 toneladas. Ele pode transportar 80 soldados equipados, 64 paraquedistas ou 74 macas e uma equipe médica. Como reabastecedor, o KC-390 será capaz de transferir combustível em voo para aviões e helicópteros. Mais de 50 empresas brasileiras participam do projeto, que também tem a colaboração da Argentina, Portugal e República Tcheca.



Fontes: Terra / ISTOÉ / Meon