Israelenses criam robô salva-vidas movido a energia solar

A startup israelense de Inteligência Artificial (IA) Coral Detection Systems desenvolveu um robô salva-vidas autônomo para piscinas. O equipamento usa um sistema de câmeras e IA para evitar afogamentos. O equipamento fica ligado 24 horas e funciona à base de energia solar. Também há a possibilidade de usar uma bateria para eventuais emergências.

O chamado Manta 3.000 tem capacidade de monitorar uma área de 10 metros quadrados com uma câmera subaquática conectada a um sistema computacional. A tecnologia identifica qualquer pessoa que entre na piscina. Além disso, toda vez que alguém entra e sai da água a máquina registra e usa o aprendizado de máquina para montar sua base de dados.

Um alerta é emitido caso uma pessoa afunde a cabeça por mais de 15 segundos na água, e, caso a situação permaneça, alarmes progressivos são acionados. A ideia é que quem estiver próximo poderá intervir e salvar a tempo alguém em situação de afogamento.

Fora a manutenção de rotina, não é necessário mais nenhuma intervenção humana para o funcionamento do robô.  Embora não seja o pioneiro no sistema projetado para funcionar como salva-vidas, é um dos mais acessíveis. Vai custar menos de US$ 2.500, aproximadamente R$ 11.625 em conversão direta na cotação atual. Agora, o robô passará está em fase de testes em ambientes controlados.

As startups estão alavancando o uso da energia solar pelo mundo. Recentemente, a suíça Energy Vault anunciou que pretende construir um novo conceito para armazenamento de energia renovável, por meio da gravidade. A ideia da empresa é que torres maciças compostas por tijolos de 35 toneladas, sejam capazes de “estocar” a energia gerada pelo vento e pelo Sol.

Segundo a empresa, o conceito que depende da gravidade precisa de um guindaste pré-programado em cima de uma torre maciça levantará e empilhará tijolos colossais um em cima do outro, usando o excesso de energia das usinas solares e eólicas. Quando a demanda exceder a produção de eletricidade, o guindaste reverte o processo, recuperando energia ao desempilhar a torre de tijolos.

O armazenamento por gravidade pode ser uma alternativa para equilibrar as flutuações de curto prazo na rede de energia, um problema recorrente quando se trata de energia eólica e solar, que são muito intermitentes. Segundo a startup, a tecnologia, no entanto, deve ser altamente precisa para garantir que os blocos sejam manobrados na posição correta.

Em agosto, a Energy Vault conseguiu US$ 110 milhões do Vision Fund do Soft Bank e está construindo uma torre de demonstração de 122 metros de altura. O próximo passo é construir guindastes de seis cabeças até 30 metros mais altos.

De acordo com informações do The Wall Street Journal, com apenas 20 guindastes desses seriam capazes de fornecer energia suficiente para 40 mil famílias durante um período de 24 horas. Diferente das baterias de íons de lítio, que dependem de metais de terras raras, implicando em inúmeros problemas ambientais e humanitários na extração desses metais. Além disso, tendem a perder sua capacidade ao longo do tempo.

O conceito, segundo a Energy Vault, é parecido com os antigos sistemas “hidrelétricos bombeados”, que usam corpos d’água no lugar dos pesados blocos e uma colina em vez de uma torre. Outros sistemas baseados em gravidade estão sendo desenvolvidos na Alemanha, Escócia, EUA e Marrocos.

Entre as vantagens em relação as baterias convencionais, a Energy Vault destaca que seu sistema pode operar por mais de 40 anos com manutenção padrão. Para um sistema padrão, o investimento inicial seria entre US$ 8 milhões a US$ 9 milhões e depois o custo de armazenamento seria inferior a cinco centavos de dólar por kWh com “degradação zero” e “despesas operacionais muito baixas”, segundo a empresa.

Fonte: Portal Solar