Israelense Teva compra unidade de genéricos da Allergan por US$ 40,5 bilhões

A empresa farmacêutica israelense Teva infornou nesta segunda-feira que comprou a unidade de genéricos da Allergan, com sede em Dublin, por US$ 40,5 bilhões, consolidando sua posição de líder mundial em medicamentos genéricos. A Teva pagará US$ 33,75 bilhões em dinheiro e US$ 6,75 bilhões em ações, que representam participação de 10% na companhia israelense, disse a Teva em comunicado. O acordo deve ser concluído no primeiro trimestre de 2016.

O negócio, o maior da história corporativa de Israel, levou a Teva a descartar oferta de aquisição hostil de US$ 40 bilhões de dólares da Mylan – empresa americana de produtos farmacêuticos -, que chegou a um impasse quando uma fundação holandesa ligada ao alvo da aquisição tomou medidas para inviabilizar a aquisição pela Teva.

A transação permitirá que a Allergan, terceira maior fabricante de medicamentos genéricos dos Estados Unidos, foque em drogas de marca e a reduzir sua dívida. A atividade de fusão e aquisição no setor de saúde atingiu US$ 398,5 bilhões até 23 de julho, uma alta de 80% sobre um ano antes

Em um comunicado separado, a Mylan parabenizou a Teva, afirmou que seu foco permanece inalterado e reiterou seu compromisso para adquirir a concorrente Perrigo. Até agora a Perrigo rejeitou as tentativas de compra feitas pela Mylan.

O presidente executivo Teva Erez Vigodman reformou, em um comunicado, que a aquisição ocorre em um momento em que a empresa “está mais forte do que nunca, em ambos os nossos produtos (genéricos e empresas especializadas)”. “Esta transação é mais um passo à frente em nosso roteiro para reforçar a nossa já forte posição”, acrescentou.

“Teva e Allergan Generics compartilham um compromisso com a inovação, qualidade e em melhorar a saúde das pessoas em todo o mundo. Juntos, os funcionários da Teva e da Allergan vão desempenhar um papel fundamental, assegurando capturar o valor potencial resultante desta transação”, disse Erez Vigodman.

Especialistas dizem que as empresas de medicamentos genéricos estão sob pressão para fazer negócios, porque há menos drogas lucrativas mudando para o status genérico em comparação com alguns anos atrás.

A Allergan se tornou uma das dez maiores companhias de medicamentos do mundo em vendas neste ano, depois de a Actavis comprá-la por quase US$ 70 bilhões e passar a usar seu nome.