Israel como potência no espaço

Especialistas afirmam que, com o investimento inicial suficiente, a criatividade de Israel e a tecnologia de satélites militares podem gerar uma participação de 3 a 5% desse mercado, ou US$ 9 a US$ 15 bilhões.

Eles fazem parte de um projeto visionário conhecido como Samson, um acrônimo em inglês para Missão Autônoma Espacial para Lançar e Geolocalizar Nanossatélites. O projeto pode ajudar a alavancar parte da grande e crescente indústria espacial civil israelense, agora estimada em quase 300 bilhões de dólares anuais. Especialistas afirmam que, com o investimento inicial suficiente, a criatividade de Israel e a tecnologia de satélites militares podem gerar uma participação de 3 a 5% desse mercado, ou o equivalente a US$ 9 a US$ 15 bilhões.

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Liderada pelo Prof. Pini Gurfil, engenheiro aeroespacial do Technion – Instituto Israelense de Tecnologia, em Haifa – o projeto Samson vai colocar três minúsculos satélites em órbita em julho de 2016.

“O projeto Samson é uma cooperativa”, explica Gurfil, “montada aqui no Technion, com a Rafael Advanced Defense Systems, que produz os sistemas de propulsão; a Israel Aerospace Industries (IAI), que constrói os componentes de computador; e a Elta, subsidiária da IAI, que produz a carga útil.

O objetivo do projeto Samson é provar que podemos colocar três nanossatélites em órbita, mantendo-os no mesmo lugar ao longo do tempo em relação aos outros sem intervenção em terra. O controle em terra nem sempre consegue se comunicar com os satélites; por isso, eles precisam poder detectar a posição dos outros, manobrar e manter distância. Por que três deles? Porque três satélites são capazes de realizar missões que apenas um não conseguiria.

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Prof. Pini Gurfil do Technion

A maioria das start-ups israelenses agora se concentra em software e aplicativos de smartphones, mas um número crescente está animado com o potencial das tecnologias espaciais, talvez inspiradas pela visão do empresário Richard Branson, do Grupo Virgin, de enviar turistas para o espaço, dos foguetes SpaceX de Elon Musk e do esquema de mineração de asteroides de Larry Page, cofundador do Google.

Por exemplo, a SpacePharma, fundada por Yossi Yamin e Ido Priel, atende o mercado em expansão para experimentos de gravidade zero no espaço. O seu produto, chamado mGnify, fornece um pequeno laboratório que se encaixa em nanossatélites, controláveis ​​pela base em terra, que permite aos pesquisadores realizar experimentos biológicos e químicos de baixo custo na ausência de gravidade.

A SPACEIL, fundada pelos engenheiros Yariv Bash, Kfir Damari e Yonatan Weintraub, competirá pelo prêmio de 30 milhões dólares, do Google Lunar XPrize, com a construção de uma nanonave espacial de 140 kg que poderá pousar na lua. Se a empreitada for bem-sucedida, será a menor espaçonave a fazer um pouso na Lua. (O módulo lunar Apollo pesava duas toneladas.) O magnata judeu-americano Sheldon Adelson doou US$ 26 milhões para ajudar a financiar o projeto.

Fonte: JPost