Empresas e governos de todo o mundo estão cada vez mais usando biometria da voz para substituir senhas e combater fraudes.
Segundo o “Washington Post”, o TD Bank Group do Canadá, o National Australia Bank e o Bank of New Zelândia estão entre as empresas que permitem aos clientes entrar em suas contas ou ignorar questões de segurança de call center, fornecendo uma impressão vocal. Dois dos maiores bancos americanos — Chase e Wells Fargo — também estão silenciosamente capturando impressões vocais de alguns clientes, como procedimento preventivo para combater fraudes.
“Não há necessidade de um agente de call center perguntar qual o seu nome, o nome de solteira da sua mãe, o comprimento da sua perna ou o que quer que seja”, disse Clive Summerfield, dono da empresa Auraya Systems, baseada em Sydney, na Austrália, que está fornecendo a tecnologia para o Bank of New Zealand. “A máquina pode verificar que uma tal voz pertence a uma certa conta e isso é tudo que ela precisa saber”.
ASSINATURAS E CHAVES-RESERVA
A empresa VoiceVault, com sede na Califórnia, dá a consumidores e empresas a opção de anexar “assinaturas vocais” aos seus documentos simplesmente falando em uma chamada telefônica. Essa tecnologia ajudou a reduzir a burocracia e o aumento da taxa de fechamento de contratos de seguros de saúde. Os executivos também podem usar a tecnologia para fechar grandes negócios.
VOZ TORNA-SE CHAVE RESERVA
Já a empresa israelense FST Biometrics está usando a biometria de voz para proteger tudo, desde complexos de apartamentos até aeroportos. O reconhecimento de voz, usado em conjunto com outras técnicas biométricas, é usado para analisar todas as pessoas que aparecem diante da porta de entrada da Knickerbocker Village, na cidade de Nova York. A tecnologia também está sendo testada para o acesso a áreas de segurança do aeroporto Ben Gurion, em Israel. “A biometria de voz substitui o que costumava usar um código PIN ou um cartão RFID (furto)”, disse um porta-voz da empresa.
OUTRAS APLICAÇÕES
A AnyTrax usa a tecnologia para monitorar infratores de baixo risco em liberdade condicional, solicitando a eles que periodicamente repitam ao telefone um conjunto aleatório de números no telefone, o que poupa pessoas condenadas por pequenos delitos das enfadonhas e pouco produtivas visitas de rotina aos seus agentes de liberdade condicional.
Fonte: O Globo