Empresa israelense traz novo tipo de vidro para o Brasil

Eyal Peso é presidente da Gauzy, empresa israelense que acaba de chegar ao Brasil (Foto: Divulgação)

Variando a opacidade de placas de vidro, a Gauzy cria soluções para controlar a entrada e saída de luz em diversos ambientes

Você ficaria surpreso se não precisasse mais abrir sua geladeira para saber o que tem dentro dela? E que tal fechar uma cortina que a princípio você não vê? Esses são só alguns exemplos das soluções inovadoras que a startup Gauzy oferece para o uso de vidros.

Fundada há 18 meses em Israel, a empresa acaba de chegar ao mercado brasileiro. Além de geladeiras com porta de vidro e persianas inteligentes, a Gauzy desenvolveu outras aplicações para seu produto.

Arie Halpern, diretor da empresa, explica que isso é possível graças à utilização de um cristal líquido inteligente. “Ele age como uma película colocada entre duas chapas de vidro. E quando é energizado, o cristal líquido tem a propriedade de mudar seu nível de transparência”. Nas bordas do sistema, é instalado um tipo de conector. Essa ligação permite acionar efeitos no vidro a partir de botões ou pelo toque.

Usados em automóveis, elevadores e como divisória para ambientes internos, os vidros fabricados pela empresa prometem soluções inovadoras. Em hotéis, por exemplo, o espaço do quarto pode ser separado do banheiro por uma placa de vidro. Assim, quando o hóspede toca a placa, ela escurece e passa a funcionar como uma parede opaca, que divide os ambientes. De acordo com Halpern, essa aplicação também é útil para centros cirúrgicos. “Cortinas se constituem em um foco de bactéria nesses espaços, sendo que essa tecnologia pode representar uma alternativa”.

No comércio, a utilização do cristal líquido permite que vitrines funcionem como telas de projeção. O diretor da empresa explica que quando os consumidores se aproximam o vidro fica transparente e quando se afastam um projetor de dentro da loja exibe imagens sobre a superfície opaca.

Em média, o custo por metro quadrado do vidro produzido pela Gauzy é de R$ 3 mil. Até outubro, a empresa tem planos de lançar outra novidade: uma película para aplicação em superfícies já existentes. Nesse caso será possível, por exemplo, obter efeitos semelhantes em janelas previamente instaladas.

Segundo Halpern, o mercado brasileiro se mostra atraente para esse tipo de tecnologia. “No país, muitas construções precisam de proteção solar, além de ser muito comum o uso de película opaca nos automóveis”. A expectativa é explorar esses e outros segmentos. Atualmente, a Gauzy está em negociação com empresas paulistas e gaúchas que desenvolvem portas para geladeiras.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/