Sempre apontado como alternativa de mobilidade, o compartilhamento de carros passa por ajustes para se expandir no Brasil.
As empresas que apostam na solução já entendem melhor a dinâmica do mercado e as questões de segurança e manutenção envolvidas.
A companhia israelense de monitoramento Ituran acredita ter encontrado um caminho para popularizar essa alternativa. O foco está no gerenciamento de frotas de locadoras e de empresas.
O serviço será oferecido no Brasil pela joint venture IturanMob, formada em parceria com a startup MobLab. Por meio de um aplicativo, os carros poderão ser destrancados e utilizados por motoristas cadastrados na plataforma.
Esses condutores terão um sistema de pontuação similar ao usado pela Uber para qualificar clientes e prestadores de serviço. É uma forma de reduzir os riscos envolvidos no negócio, que não são poucos.
O sistema de locação de curto prazo em que os carros são deixados em diversos pontos das cidades e usados livremente por diferentes motoristas é um conceito carregado de utopias. É preciso confiar na honestidade e na perícia dos usuários: um problema mecânico não comunicado por um pode resultar em acidente para o outro.
Exemplos globais de sucesso ainda chamam menos a atenção do que fracassos barulhentos, como o do francês Autolib. Os custos com higiene e reparos, potencializados por casos de vandalismo, transformaram os 4.000 carrinhos elétricos em sucata. O serviço durou de 2011 a 2018.
A Ituran, contudo, acredita que seu sistema de monitoramento e a manutenção frequente dos veículos contornarão eventuais problemas. O software é capaz detectar a quantidade de combustível no tanque, entre outras funções.
A empresa israelense tem 25 anos de experiência no Brasil e conhece suas peculiaridades. Sua estrutura de rastreamento tem mais de 700 mil clientes no Brasil.
O serviço consiste em monitorar permanentemente os carros, o que possibilita a recuperação em caso de roubo ou furto. É com essa tecnologia que pretende tornar o compartilhamento algo rentável.
A Iveco anunciou nesta quinta (10) um investimento de R$ 1 bilhão na América Latina. O ciclo vai até 2025 e será dedicado principalmente ao desenvolvimento de novos produtos equipados com motores menos poluentes.
A empresa, que tem fábricas em Sete Lagoas (MG) e em Córdoba, na Argentina, se prepara para a próxima etapa do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares) para veículos pesados, que entra em vigor no próximo ano.
Fonte: Folha de S.Paulo
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