Empresa israelense Cellebrite quebra sistema iPhone e Ajuda FBI

Empresa israelense Cellebrite ajudou o FBI a quebrar o sistema de segurança do

IPhone usado pelo terrorista envolvido no ataque em San Bernardino, Califórnia, no ano passado. No início desta semana, o FBI conseguiu desbloquear o iPhone protegido por senha, embora a agência não tenha revelado sua técnica.

Em 2 de dezembro de 2015, 14 pessoas foram mortas e 22 ficaram feridas em um ataque terrorista no Centro Regional Inlandês em San Bernardino. Os autores foram Syed Rizwan Farook e sua esposa Tashfeen Malik. Acreditando que as informações do iPhone do Farook poderiam ajudar os pesquisadores a chegar aos cúmplices dos terroristas, o FBI pediu ajuda ao fabricante do iPhone, a Apple Inc., para desbloquear o aparelho eletronico que foi protegido por uma senha. A Apple se recusou, citando preocupações com a privacidade.

Esta recusa em quebrar o sistema de segurança do iPhone levou a um amplo debate público sobre se o governo deve ter acesso às informações pessoais dos seus cidadãos (Farook era um cidadão americano).

Após renuncia da Apple, a empresa de tecnologia celular Cellebrite – fundada há 17 anos em Israel por Yossi Carmil – supostamente se aproximou do FBI em uma tentativa de ajudar. De acordo com alguns relatos, o FBI já é um cliente da Cellebrite. A porta-voz da empresa em Israel não quis comentar.

Cellebrite é uma empresa global focada em tecnologia de dados móveis. Em 2007, criou um departamento especializado na decodificação e análise de dados de milhares de dispositivos móveis, incluindo smartphones, dispositivos de GPS portáteis e tablets.

Além de dados de dispositivos móveis, o sistema fornece extração, preservação e análise de dados privados que consiste em ambientes de nuvem, tais como contas de mídia social. Sua tecnologia pode extrair dados criptografados de telefones celulares, mesmo informações que foram excluídas.

Com sede em Petah Tikva, Israel, a Cellebrite opera cinco escritórios adicionais em todo o mundo, atendendo mais de 100 países ao redor do globo e com um total de 500 funcionários.

Há nove anos, a Cellebrite foi adquirida pela gigante japonesa Sun Corp., por US$ 17,5 milhões, e tem sido desde então a sua subsidiária integral. Em razão do sucesso da sua filial ao hackear o iPhone, as ações da Sun na bolsa de Tóquio subiram 40% nos últimos dias.

Fonte: Nocamels