Empreendedores de Israel tentam gerir startups enquanto lutam no front

Yael Meretyk Hanan, cofundadora e CEO da startup Pelles.ai, acordou numa manhã de sábado em Tel Aviv com seu marido recebendo um telefonema do seu oficial da reserva nas Forças de Defesa de Israel, avisando-o para se preparar porque estava prestes a ser chamado para servir. Ela imediatamente mandou uma mensagem para o seu sócio, Ido Glanz, CTO da empresa que fundaram há 10 meses e que usa IA para gerar melhores projetos mecânicos, elétricos e hidráulicos a partir de plantas arquitetônicas.

Glanz respondeu que já estava a caminho para se apresentar ao serviço militar. “Não havia outra opção, nem mesmo hesitação. Você simplesmente pega suas coisas e vai”, disse Glanz por telefone do quartel da sua unidade. “Sinceramente, não tomei banho desde aquela manhã.”

Na manhã seguinte, ela se reuniu com os outros dois fundadores da Pelles.ai para analisar como eles manteriam seu negócio em funcionamento sem seu líder técnico. Aos investidores e parceiros nos EUA que entraram em contato, a empreendedora compartilhou esta mensagem: “Estamos extremamente tristes e com o coração partido, mas seguros.”

Situações semelhantes ocorreram em todo o ecossistema de tecnologia no país, e também nos EUA, onde ficam as sedes e escritórios de inúmeras startups fundadas em Israel. Com a mobilização, uma das maiores da história do país, 300 mil reservistas foram chamados para a linha da frente da guerra.

Fonte: forbes.com.br

Foto: Kobi Gideon, CEO