Câmera a cem metros de altura auxilia no monitoramento de Copacabana

O time das câmeras que monitoram o trânsito da cidade ganhou um reforço para a Copa: uma câmera presa a um balão localizado a 100 metros de altura na Praia de Copacabana. As imagens são transmitidas por um cabo de fibra ótica até o Centro de Operações Rio.

– Nós podemos colocar todos os tipos de câmera no balão. E todas elas fazem imagens “normais”, a cores, e têm a opção de gerar imagens em infravermelho – explica Udi Lebenstein, da RT, empresa israelense responsável pelo balão Skystar.

O infravermelho permite ver a diferença entre quente e frio, cada temperatura representada por uma cor, do mais quente para o mais frio.

– Se você olha a frente de um carro, você consegue ver onde está o motor, porque dá para notar a diferença de calor. O mesmo vale para as armas, que são mais frias que o corpo da pessoa.

O modelo que está no Rio é o menor dos que a empresa opera. Ela tem tem capacidade de levar câmeras maiores e melhores. Uma vez que uma equipe da empresa coloca o balão no ar, ele passa a ser controlado remotamente.

– O balão pode ficar por cerca de quatro a cinco dias sem ser necessário recarregar o gás que o mantém no alto, dependendo das condições climáticas e do lugar onde ele está – esclarece Evgeniy Shnieer, técnico de TI da RT.

Este tipo de tecnologia é usado há 15 anos e, segundo a RT, é adotado por exércitos como o dos Estados Unidos, Israel, Colômbia e México. A câmera, de acordo com a empresa, é capaz até de identificar pessoas na multidão.

– Dependendo das condições e da altitude, é possível ter um alcance de até quatro quilômetros – esclarece Shnieer.

O plano inicial é de que o Skystar fique no Rio apenas durante a Copa, mas a empresa espera que os planos tenham continuidade. A câmera ainda não conseguiu capturar nenhum caso especial. Ela está sendo mais usada para monitorar o trânsito.

– Mas, se algo acontecer na praia, conseguiremos ver – promete Lebenstein.