Calçado criado por isarelenses promete aliviar dores crônicas

De acordo com um levantamento feito em 2012, mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de dores nos joelhos, nas costas e nos quadris, o que torna esse problema a segunda maior causa de incapacidade e o quarto maior fator de influência nas condições de saúde.

E, à medida que a população mundial envelhece, particularmente a geração baby boomer, o número de indivíduos com mais de 65 anos que apresentam essas condições deverá aumentar de 15% para mais de 21% até 2040.

Para resolver o que pode ser o efeito mais negativo do bipedalismo, ou a capacidade de andar sobre duas pernas, uma empresa israelense pensou em uma nova forma de eliminar as dores em joelhos, costas e quadris.

AposTherapy

Inventado pelos médicos Amit Mor e Avi Elbaz, enquanto ainda estavam na faculdade de medicina, o AposTherapy permite aos pacientes passarem de uma situação de deficiência a uma situação de caminhar natural em questão de minutos, simplesmente pedindo-lhes que coloquem calçados com um visual engraçado.

A razão de o AposTherapy ter tantos adeptos no mundo se deve à simplicidade e aos resultados rápidos que os pacientes observam ao experimentar o método.

Usando sua pesquisa e seu conhecimento sobre o sistema neuromuscular e embasando seu método no fato de que cada nervo, músculo e articulação em nosso corpo trabalham em conjunto, Mor e Elbaz perceberam que “desviar” a atenção do corpo da área da dor era o primeiro passo para ajudar as pessoas a viver confortavelmente.

Foi assim que eles tiveram a ideia dos sapatos convexos patenteados que, vistos de cima, parecem um tênis convencional, mas embaixo têm duas almofadas convexas que forçam continuamente o paciente a alinhar corretamente seus músculos, sem jamais precisar lembrá-los de fazerem isso.

AposTherapy2

O processo começa com uma consulta a um fisioterapeuta licenciado do AposTherapy. O terapeuta pede que o paciente caminhe em uma esteira sensorizada que mede fatores como modo de andar, comprimento dos passos, qual pé está sendo mais sobrecarregado e outros.

O paciente então preenche um questionário em que descreve o seu grau de dor, além de algumas atividades diárias e métodos de tratamento usados no passado. Em questão de minutos, o paciente é “calibrado”, como eles gostam de dizer, e o terapeuta começa o trabalho de ajustar as almofadas convexas nos novos calçados. Agora, vem o momento da verdade: o paciente coloca os calçados e novamente caminha na esteira para ter uma ideia de sua melhora, mas realmente não há necessidade de números, porque quase imediatamente o paciente caminha livremente, sem mancar e sem bengala.