É comum ver rostos entediados e olhares vagos em turistas que visitam pontos históricos ou arqueológicos. A razão mais comum é: não há muita coisa para se ver. Mesmo com o mais criativo dos turistas, é difícil impressionar-se com ruínas destruídas pelo tempo.
Agora, a Architip, startup israelense recém-fundada, oferece uma forma promissora de transformar essa experiência com o seu aplicativo de realidade aumentada. O novo app oferece aos visitantes uma janela única para o velho mundo, permitindo que os turistas vejam como os locais eram nos seus dias de glória.
“A arqueologia é a minha paixão”, conta Yaron Benvenisti, CEO da Architip, em entrevista ao Times of Israel. “Queríamos preencher a lacuna na imaginação entre o que você vê e o que está por trás da história. As pessoas querem mais interatividade e a nossa tecnologia é perfeita para isso.”
A realidade aumentada é uma forma de visualização ao vivo, direta ou indireta, de um ambiente real cujos elementos são aumentados ou complementados por dados gerados em computador. Dessa forma, o app da Architip sobrepõe um imagem de como o local costumava ser, com textos informativos, sempre que o smartphone for apontado para o local.
Caminhando por ruas históricas
“Por exemplo, você pode ver um mosaico antigo no piso de uma sinagoga ou igreja, praticamente apagado pelo tempo”, explica Benvenisti. “Com o Architip, é possível ver o mosaico nas suas cores originais, com seu desenho intacto.”
O programa-piloto da empresa, capitaneado pelo experiente desenvolvedor Sagiv Philipp, mapeou e “virtualizou” o ponto arqueológico de Tel Lachish, no centro de Israel. O local, utilizado para ser uma cidade cercada por torres e prédios altos, agora não passa de ruínas. “Com o Architip, você pode ver Tel Lachish como antigamente”, conta Benvenisti, “cruzando as suas ruas e vendo a reconstrução acontecer no seu dispositivo”.
A startup, operando de Jerusalém nos últimos seis meses, conta com financiamento sustentável. Tudo indica que eles já encontraram seu primeiro cliente – um site de turismo. “Estamos em negociações com outros sites e cidades”, informa Benvenisti. “Países do mundo inteiro trabalham em busca de formas de melhorar a experiência do turista. O aplicativo pode, com certeza, ajudá-los nessa tarefa.”
A abordagem do Architip tem o potencial de injetar mais novidade na visitação, algo que os métodos tradicionais, como guias, gravações de áudio e visitas guiadas não conseguem. Tudo que eles precisam fazer agora é expandir a sua base de dados de locais digitalizados e encontrar mais clientes.
O app está atualmente em fase beta privada e ainda não está disponível para o público.
Fonte: http://nocamels.com/2013/06/israeli-app-brings-archeological-landmarks-back-to-life/