Aceleradoras têm oportunidades em Israel.

Empresas brasileiras podem encontrar no país possibilidades para desenvolver projetos relacionados à reutilização de água, aos setores de agronegócio, segurança e ciências médicas.

Aceleradoras brasileiras podem encontrar em Israel oportunidades para desenvolver projetos relacionados ao reúso de água, à agricultura, segurança e ciências médicas.

Um dos centros mais importantes das startups de novas tecnologias, Israel também oferece, com mais facilidade, linhas de financiamento ao segmento, segundo o presidente da Câmara Brasil Israel de Comércio e Indústria, Jayme Blay.

Ele afirma que é difícil listar as possibilidades de negócios que existem em Israel, devido à variedade de áreas no campo tecnológico.

No entanto, destaca as tecnologias ligadas ao reaproveitamento de água. “Quem for para Israel vai descobrir ferramentas interessantes nessa área. Há no país ótimos equipamentos que detectam vazamentos em tubulações”, diz Blay. “É uma oportunidade, por exemplo, para uma empresa abrir um negócio nesse setor e favorecer as empresas de água no país, como a Sabesp”, sugere o representante.

Além disso, o presidente da Câmara diz que Israel tem tecnologias avançadas em equipamentos de agricultura, segurança, ciências médicas, nucleares e engenharia.

Entre os dias 15 e 23 de novembro, diversas empresas brasileiras irão à Israel para conhecer o ambiente de negócios do país. “É uma oportunidade para fazer contatos e buscar melhores condições para agregar valor aos negócios. Além disso, o ecossistema israelense de inovação é mais favorável às empresas. Quando uma startup falha, isso não é encarado como algo ruim. Muito pelo contrario, os investidores tendem a apoiar mais quem já testou outros projetos, pois isso significa mais aprendizado”, comenta.

Blay comenta que o acordo de livre comércio firmado entre Mercosul e Israel em 2010 tem contribuído para elevar a corrente de comércio entre os dois países. Entre 2009 e 2013, o intercâmbio entre eles cresceu 70,1%, de US$ 922 milhões para US$ 1,57 bilhão. Nesse período, as exportações ao país cresceram 68,1% e as importações, 70,9%.

Perspectiva

Em julho deste ano, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil retirou de Israel o embaixador Henrique da Silveira Sardinha Pinto, pelo fato de considerar inaceitável a violência entre israelenses e palestinos.

Na ocasião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Yagal Palmor, chegou a chamar o Brasil de “anão diplomático”.

O professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Jorge Mortean, diz que esse fato político não chega a afetar o comércio já estabelecido entre os dois países. “Talvez isso pode se refletir no futuro, no sentido de ampliar mais as trocas comerciais”, diz.

“Além disso, temos que considerar que a economia israelense não é tão dinâmica e que a situação do nosso mercado interno não está muito boa”, acrescenta Mortean.

Fonte: DCI