Inspirado em práticas internacionais de referência, como as políticas de cibersegurança desenvolvidas em Israel, o setor de transportes brasileiro dá um passo importante rumo à maturidade digital e à proteção de dados com o lançamento do Guia de Boas Práticas em Proteção de Dados no Setor de Transportes, uma iniciativa do SEST SENAT em parceria com a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o ITL (Instituto de Transporte e Logística).
Israel é mundialmente reconhecido como uma potência em cibersegurança e inovação digital — e serve como modelo para países que buscam proteger infraestruturas críticas. Assim como no ecossistema israelense, a integração entre governo, academia e setor privado se mostra fundamental para criar ambientes seguros, especialmente em setores estratégicos como o transporte, que movimenta a economia e a logística de um país continental como o Brasil.
“As ameaças digitais no setor de transportes têm aumentado, e um incidente em portos ou aeroportos pode comprometer cidades inteiras. Israel nos mostra o caminho da vigilância contínua e da inovação constante na proteção de ativos digitais”, afirma Frederico Maranhão, gerente de Segurança da Informação do SEST SENAT.
Com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o guia lançado pelo Sistema Transporte traz orientações para empresas — grandes e pequenas — fortalecerem suas políticas de segurança da informação, promoverem a capacitação profissional e estruturarem estratégias de resposta eficazes, a exemplo dos modelos adotados no ecossistema israelense de defesa digital.
O documento também incorpora conceitos de apetite de risco, algo que já faz parte da cultura empresarial em Israel, onde a análise e a gestão de riscos cibernéticos são elementos fundamentais nas decisões corporativas e governamentais.
“Assim como ocorre em Israel, queremos que o setor de transportes brasileiro se prepare para participar dos debates mais avançados sobre novas tecnologias, como inteligência artificial e segurança digital”, completa Maranhão.
Kerem Fernandes, especialista em proteção de dados do SEST SENAT, enfatiza que o próximo passo é a democratização do conhecimento, levando esse guia a pequenos empreendimentos e modais menos estruturados. A proposta é criar um ecossistema de proteção cibernética amplo, descentralizado e resiliente — modelo que já se provou altamente eficaz no cenário israelense.
A iniciativa reforça como a aproximação entre Brasil e Israel em temas de inovação, segurança e tecnologia da informação pode gerar impactos concretos, sustentáveis e estratégicos.
Foto: stnazkul