Comitiva catarinense conhece uso do drone na segurança de Israel para aplicá-lo em SC

Comitiva de SC durante apresentação na Universidade de Tel Aviv

Santa Catarina pode ter drones de última geração para ajudar no combate à criminalidade. Pelo menos este é o desejo das autoridades catarinenses que acompanham a missão liderada pela Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia, Alesc e governo do Estado a Israel. A Polícia Militar dispõe de drones para o auxílio de operações em áreas de conflito, mas os equipamentos que os catarinenses conheceram ontem em Israel vão além. São capazes de identificar, bloquear e interferir em ligações e mensagens de telefone celular em áreas monitoradas pelos sistemas aéreos não tripulados. As forças armadas israelenses utilizam esses veículos para monitorar as fronteiras.

— Viemos em busca de tecnologia. Agora é a fase de prospecção e contato com os fabricantes — afirma o subcomandante da PM/SC, coronel Araújo Gomes.

Não há, porém, prazo nem dinheiro carimbado ainda para a compra destes equipamentos.

A empresa Aeronautics desenvolve e produz 100% de seus veículos não tripulados. Trabalha com o que há de mais avançado no mundo. Possui 70 clientes em 52 países.

O delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Marcos Ghizonni, acredita que é preciso investir em tecnologia. Segundo ele, por

mais que se esforce, sempre vai faltar efetivo:

— Nos cabe buscar soluções pra este problema. A reposição de pessoal nunca vai chegar a um quadro ideal — concluiu.

Divergência
O deputado estadual Gelson Merísio (PSD) defendia, durante o trajeto de ônibus até a Universidade de Tel Aviv, a ideia de acabar com a obrigação do policial militar sair da corporação após 30 anos de serviço. O número 2 da PM/SC, coronel Araújo Gomes, ponderando, disse que não concorda.

Índio
O secretário de urbanismo do Rio de Janeiro, ex-deputado Índio da Costa, na visita ontem à empresa Aeronautics, perguntou se os aviões e drones não tripulados são capazes de identificar armas e drogas. Ainda não.

Onde está o efetivo? 
Em Tel Aviv não se vê mais polícia na rua do que em cidades como Florianópolis e Joinville. Usa-se muito monitoramento eletrônico e inteligência na informação. Havendo problema, com certeza as forças de segurança aparecem em pouco tempo.

Mérito
Diretor de relações públicas para América Latina e Espanha da Universidade de Tel Aviv, Herman Richter, explicou que o segredo do sucesso da instituição é valorizar a meritocracia, pensar na aplicabilidade prática e trazer resultado financeiro.

*Renato Igor viajou a convite da Confederação Israelita do Brasil e da Associação catarinense das empresas de tecnologia (ACATE)

Fonte: CBN